Era pra ter postado isso ontem, mas em virtude de muitos trabalhos acadêmicos mal entrei na net... Vamos lá.
Ainda me lembro muito bem, entre meu nascimento e até 7, 8 anos de idade. Todo domingo era a mesma rotinha alegre. Saímos de casa e íamos em direção a casa da minha vó onde toda família se reunia. Naquela época nós ainda não tínhamos carro, então era necessário pegar dois ônibus, (pra isso Floripa não é ervilha rs). Primeiramente pegavamos um até o terminal cidade de Florianópolis, hoje semi desativado, passavamos pela baia sul uma estrada normal, não mais a principal devido ao túnel Antonieta de Barros.
Após descer do primeiro ônibus pegávamos o segundo, que ia em direção ao continente (Floripa não é apenas a Ilha, tem bairros no continente também). Minha alegria começava quando entravamos no ônibus e o acento do banco alto estava vago. Corria pra sentar em direção a jenala, atravessar a ponte era uma das minhas alegrias, naquele banco alto onde só o vidro da janela me cercava daquela altura e a visão do mar, era um sentimento infantil de liberdade, parecia que estava voando, sem contar com a ponte Hercílio Luz ao fundo daquela paisagem deslumbrante.
Ao saltar do ônibus eu sempre apanhava. A razão era que eu soltava da mão da minha mãe ou do meu pai pra ir correndo em direção a rua da minha vó. A rua dela tinha uma decida e a casa ficava no meio da rua, ou seja, tinha algumas transversais que passavam poucos carros (esse era o medo da minha mãe rs.). A emoção de chegar naquela rua e ver meus avôs me esperando era mágica, o abraço sempre sentido e aquela comida ótima que só minha vó sabe fazer.
Aqueles domingos eram velozes, mas não esqueço sempre da mesa farta, do carvão da churrasqueira, e principalmente daquela televisão de 14 polegadas sem controle remoto que ficava sobre a mesa antiga perto da janela. Aquelas mais ou menos 15 pessoas ficavam paradas na frente da TV pra vibrar e ouvir o hino da vitória, acho que começar a semana com aquele som nos ouvidos era muito melhor, acredito que eu como muitos brasileiros vibravam com aquela música. Penso que Senna se tratando do esporte é um dos maiores ídolos que o Brasil já teve, lembro muito bem daquele domingo que a cozinha da minha vó parou, um almoço sem sal, ninguém acreditava naquilo, meu pai dizia “a F1 nunca mais será a mesma”, é verdade hoje pra mim aquele esporte não tem mais a alegria que tinha a 15 anos atrás, Senna era realmente o Cara, ontem se passou 15 anos mas algumas coisas permanecem lembradas em nossa memória que jamais serão esquecidas.
Deixo aqui as palavras do cara:
"Existem, durante a nossa vida, sempre dois caminhos a seguir: aquele que todo mundo segue, e aquele que a nossa imaginação nos leva a seguir. O primeiro pode ser o mais seguro, o mais confiável, o menos crítico, o que você encontrará mais amigos. Mas, você será apenas mais um a caminhar. O segundo, com certeza vai ser mais difícil, mais solitário, o que você terá maiores críticas. Mas também, o mais criativo, o mais original possível. Não importa o que você seja, quem você seja, ou que deseja na vida. A OUSADIA em ser diferente reflete na sua personalidade, no seu caráter, naquilo que você é. E é assim que as pessoas lembrarão de você um dia".(Ayrton Senna).
Em razão as palavras do cara, sou muito feliz por ser esse cara “diferente” que sou. O segundo caminho é realmente mais difícil, mas quando se acredita tudo é possível, e eu to suando e provar a mim mesmo que tudo valerá à pena.
Um bom sabado de um wise em lágrimas, bj meu.
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Há 2 anos